Liga BWin: Leixões volta a empatar mas desta vez com "ajuda" de Carlos Xistra

O Leixões voltou a fazer aquilo que mais vezes tem feito ao longo do campeonato: empatar. Conseguiu-o, pela 12ª vez, através de uma grande penalidade que não existiu, mas viu Carlos Xistra "esquecer-se" de marcar duas outras a seu favor, corolário de uma actuação péssima do árbitro, que acabou por ensombrar um jogo duramente disputado, com mais suor que bom Futebol, mas sobre o qual pairará a dúvida do que teria acontecido se a arbitragem tivesse sido de bom nível.

Falar mais do árbitro de Castelo Branco é dar-lhe um protagonismo que ele - infelizmente - merece, mas que também acaba por deixar para segundo plano o esforço dos jogadores das duas equipas. E isso seria cometer uma dupla injustiça.

O Leixões, que não vence há quatro jogos, começou a partida com esse estigma a condicionar-lhe as acções. Jorge Gonçalves era o único que destoava, mas a verdade é que o Futebol praticado pelos jogadores de Carlos Brito era feito aos repelões, com muita ansiedade, com o coração a falar mais alto que a razão. Uma situação que esbarrava na tranquilidade dos estudantes, que com um Meio-Campo em superioridade numérica marcava claramente a diferença.

Contra a corrente do jogo o Leixões adiantou-se no marcador, mas nem assim sossegou o espírito. Também, é certo, não teve muito tempo para o fazer, já que a equipa coimbrã demorou cinco minutos a empatar. Se já estavam tranquilos, mais ficaram. Com um futebol mais repousado, de pé para pé, mas sempre tentando explorar os flancos, os forasteiros acabaram por ter o prémio da sua serenidade, quando Joeano bisou. Tiveram sorte - Ezequias quando ia cortar escorregou -, mas naquela fase do encontro mereciam o ascendente.

Veio, então, ao de cima a alma leixonense. Se já antes era o coração e a garra que mandava, a partir dessa altura juntou-se a máxima "perdido por um, perdido por cem", e começaram a despejar bolas sobre a baliza contrária. O resto da história, já contada, foi feito por Carlos Xistra.


Estatísticas da Partida:


Estádio: Mar, em Matosinhos

Relvado: Bom

Espectadores: 4000

Árbitro: Carlos Xistra [AF Castelo Branco]

Árbitros Auxiliares: Luís Tavares e José Braga

4º Árbitro: Rui Dias


Leixões:

1 - Beto (GR)
23 - Filipe Oliveira (LD)
4 - Élvis (DC)
27 - Nuno Silva (DC)
3 - Ezequias (LE)
14 - Bruno China (MD)
6 - Paulo Machado (MO)
7 - Hugo Morais (MO)
19 - Jorge Gonçalves (AD)
9 - Roberto (AV)
11 - Diogo Valente (AE)

Suplentes:

77 - Jorge Baptista (GR)
13 - Joel (DC)
25 - Jorge Duarte (MD)
8 - Pedro Cervantes (MO)
22 - Castanheira (MO)
17 - Vieirinha (AD)
15 - João Moreira (AV)

Treinador: Carlos Brito

Substituições: Joel por Nuno Silva (ao intervalo); Vieirinha por Hugo Morais (aos 65m) e Pedro Cervantes por Ezequias (aos 72m)

Cartões Amarelos: Filipe Oliveira (aos 7m)

Golos:

1-0 por Roberto (18m)
2-2 por Jorge Gonçalves (90m)


Académica:

24 - Pedro Roma (GR)
19 - Pedrinho (LD)
4 - Kaká (DC)
15 - Orlando (DC)
18 - Vítor Vinha (LE)
8 - Paulo Sérgio (MD)
17 - Cris (MO)
28 - Nuno Piloto (MO)
33 - Tiero (MO)
2 - Joeano (AV)
85 - Luís Aguiar (AV)

Suplentes:

1 - Rui Nereu (GR)
82 - Cleber (LE)
5 - Berger (DC)
10 - Miguel Pedro (AD)
11 - Lito (AE)
25 - Ivanildo (AV)
26 - Edgar (AV)

Treinador: Domingos Paciência

Substituições: Cléber por Vítor Vinha (aos 62m); Miguel Pedro por Joeano (aos 83m) e Edgar por Luis Aguiar (aos 86m)

Cartões Amarelos: Vítor Vinha (aos 17m); Pedrinho (aos 32m) e Paulo Sérgio (aos 80m)

Golos:

1-1 por Joeano (aos 23m)
1-2 por Joeano (aos 63m)


Fonte: O Jogo