quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Académica e Sérgio Conceição atrasam-se e falham inscrição na Liga dentro do prazo

Sérgio Conceição não foi inscrito em tempo útil pela Académica e não vai poder jogar em Portugal até ao fim da Liga.

O antigo internacional português deslocou-se pessoalmente à sede da Liga de clubes, na companhia de representantes da Briosa, mas a delegação acabou por abandonar as instalações, após vários telefonemas e tentativas de desbloquear a situação, sem conseguir formalizar a inscrição, por não terem conseguido reunir em tempo útil todos os requisitos legais.

Ao que o Maisfutebol também soube, propostas de última hora do estrangeiro, agudizaram a indecisão do atleta e atrasaram todo o desenrolar do processo. O ex-jogador do F.C. Porto e da Selecção Nacional esteve sempre ao telemóvel e abandonou apressadamente as instalações da Liga. Certamente concentrado nos alegados convites que lhe chegaram de outros países ao longo das últimas horas.

Como era o último dia do prazo, fica colocada de parte a hipótese do regresso do extremo. Sérgio Conceição, de 33 anos, passou recentemente pelo Kuwait, e queria agora retomar a carreira em Portugal.

Fonte: Mais Futebol

domingo, 27 de janeiro de 2008

Liga BWin: Académica perde com U. Leiria e complica a sua situação

Foram mais de oito meses sem uma vitória para a Liga, mas a maldição já lá vai. O último triunfo tinha acontecido à 28ª Jornada da edição anterior, a 6 de Maio, quando os homens do Lis bateram, em casa, o Desp. Aves por 3-1.

Os sorrisos voltaram a rasgar as caras de um bando de jogadores que, finalmente, conseguiu reagir à adversidade e aproveitar uma das últimas oportunidades para se agarrar à salvação.

Mas não foi só a primeira vitória dos leirienses no Campeonato que assumiu forros de ineditismo. Pela primeira vez, nesta mesma prova, os homens do Lis conseguiram ganhar um jogo em casa depois de terem marcado - nas outras três vezes, apesar dos golos, perderam sempre - , assim como João Paulo, melhor marcador da equipa, logrou fazer o gosto ao pé no Municipal Dr. Magalhães Pessoa pela primeira vez e logo em dose dupla.

Laranjeiro fixou o resultado final numa grande penalidade e, com isso, os leirienses obtiveram tantos golos nesta partida quanto os que tinham marcado até ao momento na Liga.

Para a Académica, de nada valeu o tento, fora de horas, de Edgar. Os "estudantes" entraram claramente melhor no jogo. Serenos, mais confiantes e determinados, optaram por trocar calmamente a bola, sem pressas, tentando travar o esperado ímpeto do adversário e apostaram em explorar sobretudo a meia-distância, por intermédio de Joeano (por duas vezes) e Tiero.

A primeira grande defesa do encontro pertenceu, justamente, a Fernando mas as restantes tentativas estudantis passaram ao lado. Quanto ao Leiria, pouco, muito pouco. Em rigor, apenas uma escapadela de Harison, pela esquerda, culminada com um remate à figura de Pedro Roma.

Estava o jogo nesta toada quando, do meio do nada, João Paulo, aproveitando um ricochete em Toñito, desferiu um senhor pontapé na zona da meia-lua, rasteiro, levando a bola a entrar junto do poste direito da baliza à guarda de Pedro Roma. O guarda-redes da Briosa ter-se-á atirado à bola com atraso, mas tem o atenuante de haver muita gente na sua frente, tolhendo-lhe o campo de visão.

A vantagem tirou o discernimento aos forasteiros, na exacta medida em que estimulou os locais.

A União passou, finalmente, a ter as rédeas do jogo e a calma inicial dos estudantes deu lugar a um estado de nervos que atingiu até os jogadores mais insuspeitos como Pedro Roma. Primeiro, numa saída em que chega primeira à bola, mas acaba por derrubar João Paulo, depois numa altercação com o banco leiriense, que obrigou o colega Paulo Sérgio a ter de segurar o seu capitão, para que não visse o segundo amarelo. Parafraseando Jorge Jesus, esta seria a melhor altura para pedir um time-out, à imagem do Basquetebol. Como isso não era possível, o melhor que se arranjou foi o intervalo.


A segunda parte trouxe, basicamente, mais do mesmo. A Académica à procura do empate, fazendo a vontade ao Leiria. A táctica que seria inicialmente a utilizada pelos forasteiros, passou a servir na perfeição os interesses dos locais, após o golo de João Paulo.

A União cerrou fileiras, aguentou a reacção do adversário, e esperou calmamente por uma oportunidade para elevar o resultado. O inevitável João Paulo, que até este jogo nunca tinha marcado em casa, voltou a acertar com as redes e deu o golpe definitivo no ânimo académico.

Quando Laranjeiro elevou para 3-0, na conversão de uma grande penalidade, o jogo já estava mais do que decidido para o lado dos comandados de Vítor Oliveira, o mesmo se passando quando Edgar marcou o tento de honra para a Académica.


Por Francisco Frederico, jornalista "Mais Futebol"